Allan Pitz, autor de A Morte do Cozinheiro



Mais uma entrevista mara saindo do forno, queridos leitores!

E não é qualquer entrevista, não! Dessa vez quem bateu um papo bacana conosco foi ninguém menos que Allan Pitz.


Pasmem: Ele não é apenas um talentoso escritor, ele é também uma pessoa simpatissíssima! Quem teve o prazer de conversar com o autor de A Morte do Cozinheiro sabe e pode confirmar.

O escritor carioca de 28 anos se diz metido a ser multifacetado (poeta, romancista, contista, blogueiro). Apreciador de boxe, futebol, teatro, cinema, vinho tinto, música e pescaria, também dedica um pouco de seu tempo para dirigir espetáculos teatrais, quando convidado.


- Como começou a escrever e quais foram suas obras publicadas?

Bem, na verdade eu sempre escrevi nos meus cadernos, aqueles eternos textos flutuantes que nunca chegaram ao fim. Mas escrever, querendo publicar, querendo ser escritor, aconteceu de 2006 pra cá. Primeiro foram os textos no teatro, depois eu ganhei alguns prêmios em antologias (coletâneas poéticas e de contos). Isso me deu esperanças, motivação, daí não parou mais. Começaram as publicações próprias...

 

Estação Jugular – Uma Estrada para Van Gogh (História de Ficção) Previsão de lançamento Editora Multifoco para março de 2011.

Um Peixe de Calças Jeans  (infantil pedagógico) Editora Livro Novo 2010.

A Morte do Cozinheiro  (Romance de bolso) Above Publicações 2010.

Visões Comuns de um Porco Esquartejado (Poemas) Ponto da Cultura 2010.

Duas Doses e um Bungee Jump (Poemas) WAF – Corpos, Portugal, 2010.

A Fuga das Amebas Selvagens (contos, textos teatrais, piadas, frases) Editora Livro Novo 2009


A Morte do Cozinheiro traz uma história original. Como surgiu a ideia e a inspiração para o livro?

Na verdade, bem na verdade, observando o quão ridículos foram os meus pensamentos, na minha própria dor de cotovelo. Daí eu busquei mais coisas, e fui compondo a tragédia em questão. Os noticiários, os crimes passionais, os clássicos, as inspirações pulavam de muitos lados.


- Quanto tempo você levou para terminar de escrevê-lo?

Quatro dias ao todo.


O livro é escrito em 1° pessoa e com uma intensidade de sentimentos tão forte que, como leitora, tive a impressão que para escrevê-lo você teve que realmente se colocar na pele de Luiz. Fale um pouco sobre essa experiência.


Foi estranho... Bem estranho. Eu comecei a usar a fluência de busca teatral, como que na composição (já conhecida por mim) de um personagem para os palcos. Quando já estava bem interligado com ele, e com toda a proposta em xeque, eu tentei derramar os sentidos desse cara transtornado sobre o papel, sem regras, sem barreiras, sem satisfações literárias, apenas um despejo de coisas ásperas que tentam se interligar em tudo. No final pode ser ouro e lixo, não é uma leitura comum. Depende muito de como a pessoa “acompanha o raciocínio perturbado e tragicômico do narrador”.

- A leitura é carregada de linguagem poética. Fale um pouco sobre como foi misturar romance e poesia.

Eu adoro escrever poesias. A Morte do Cozinheiro foi escrito em 2009, logo após um livro de poesias, Visões Comuns de um Porco Esquartejado. E esse livro é altamente visceral, dramático, inconstante... Foram dois livros na mesma sintonia, a poesia fluiu naturalmente dentro dessa sintonia falada e urgente da trama. Isso fez com que o narrador deixasse mais dúvidas no ar, também.

Ainda tem o Duas Doses e um Bungee Jump, que foi lançado em Portugal, mas pode ser comprado por aqui através do site da editora, e até mesmo no formato e-book. É um livro que mostra a minha descoberta poética, foi escrito originalmente em 2007, tenho carinho por ele.

- O livro tem capa e título que atraem o leitor. Você contou com ajuda para desenvolvê- los?

O nome do livro me veio durante a escrita, mas a capa é da equipe da Above Publicações. Eu tive apenas a ideia de uma mão com a faca dividindo o tomate ao meio, e na contra capa o tomate dividido, a faca solitária, simbolizando A Morte do Cozinheiro e a separação do casal. Para não matar o cozinheiro na capa, e assim mexer mais com o simbolismo

- Quando começou a desenvolver a história você sabia qual seria o desfecho do livro?

Jamais. Toda vez que eu faço isso não termino a obra. Preciso me surpreender também!

- Na história, fica implícita a ideia de que as personagens sofreram influencia dos livros que leram. Você acredita que realmente é possível que livros influenciem os leitores?

Depende... Se a pessoa estiver necessitando ser influenciada para suprir determinado impulso, sim. Mas às vezes, nós somos influenciados de uma forma mais subconsciente. Por exemplo, em Noites Brancas, de Dostoievski, a Nastenka me influenciou de uma forma muito estranha... Assim como a Capitu, em Dom Casmurro, a Dama do Lotação, de Nélson Rodrigues... A Carmem é uma influencia dessas mulheres estranhas, talvez. Ela gera tudo isso, de alguma forma, mesmo que quase não apareça diretamente na trama. Ela acaba manipulando o Luiz.

No entanto, penso que a influência dos filmes e livros, na vida de um ser humano, depende mais do ser humano em sua assimilação das informações
 

-  O que os leitores, fãs de Alan Pitz, podem esperar para 2011?

Eu acredito fortemente que 2011 será um ano decisivo para mim. Estou muito esperançoso no meu próximo lançamento, Estação Jugular – Uma Estrada para Van Gogh, pela Editora Multifoco. E também, em outros que estão sendo avaliados por lá como A Arte da Invisibilidade, e Confetes no Funeral. Mais os textos que estou trabalhando atualmente; porém, como a gaveta está cheia, esses de agora deverão ficar mesmo para 2012.

Os meus leitores podem esperar bastante trabalho! Vamos fazer bastante barulho!


- Gostaria de enviar alguma mensagem para os leitores do Entre Fatos & Livros?

Continuem lendo o Entre Fatos & Livros, essas meninas aqui são sensacionais! E quando sobrar um tempinho, corram lá no Paquidermes Culturais.


RAPIDINHAS

~> Um gênero literário-  Isso é altamente variável... Leio de tudo.

~> Um lugar-  Tenho um carinho especial por Casimiro de Abreu, no RJ.

~> Uma palavra-  Persistência.

~> Um medo-  De sempre sentir medo.

~> Um fato-  Qualquer sistema monetário é altamente cruel e fascista!

~> Um livro-  Eu sempre respondo Contos de Aprendiz, do Carlos Drummond, mas ultimamente marcaria também O Capitão saiu para o almoço e os marinheiros tomaram conta do navio, de Charles Bukowski.



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Allan, muito obrigada meeeeeesmo pela paciência!
Nós, do Entre Fatos e Livros, admiramos sua simpatia e seu grande talento para escrever.

SUCESSO!
 
 

nivoo