Maurício Gomyde- autor de O Mundo de Vidro


Quem está atualizado quanto a literatura nacional, já deve ter ouvido falar no livro O mundo de vidro, do Maurício Gomyde.

Além de um novo talento da nossa literatura, o Paulista que atualmente reside em Brasília, também é baterista e possuí duas bandas: Superaudio, sua banda de trabalho autoral e, Birinaite, dedicada a clássicos do rock. 


"Primeiramente gostaria de agradecer ao Blog Entre Fatos e Livros pela abertura do espaço em divulgar autores nacionais. Há muita gente boa escrevendo livros de muita qualidade por aí, e a oportunidade em mostrá-los diariamente ao público interessado (e de qualidade!) é valiosíssima".

1- DESDE QUANDO VOCÊ ESCREVE?


Escrevo informalmente desde que me tenho por gente. Digo, sempre gostei de produzir poemas, textos, redações. Frequentei o colegial numa escola que obrigava os alunos a entregarem 5 redações todas as segundas-feiras. Parecia muito pra um adolescente (e era! rs), mas a obrigação tornou-se um prazer. E escrevo “profissionalmente” desde 2.000, quando comecei a escrever o “O Mundo de Vidro”.

2-     O QUE FAZ PARA TER INSPIRAÇÃO E ESCREVER?

Sempre digo que é impossível escrever sobre o que não se sabe. Por isso, naturalmente escrevo sobre coisas minhas, experiências por que passei, coisas que escutei ou li. Bato tudo num liquidificador imaginário, jogo um monte de ideias no meio e acaba que sai algo que, a meu ver, é verossímil pra quem lê.

3-     POR QUE DECIDIU NÃO NOMEAR AS PERSONAGENS PRINCIPAIS, ELE E ELA?

Acho que nomear personagens é algo dificílimo. Por mais que, aparentemente, pareça simples. Você caracteriza a personagem e daí vai e coloca “Maria”. Sei lá, eu fico olhando e pensando... “mas ela não tem cara de Maria! Nem de Paula! Ou Joana!”... rs. Como era meu primeiro livro e eu não estava com inspiração pra colocar nomes legais, comecei a escrever apenas como Ele e Ela. Com o passar do tempo, achei que poderia ser um mote interessante. O difícil, mesmo, foi conseguir escrever tantas páginas e não me referir aos nomes. Foi um desafio gostoso de cumprir.

4-     EM QUE PONTOS VOCÊ SE IDENTIFICA COM ELES?

Ele e Ela são duas pessoas como tantas que se vê por aí. Ele, tímido. Ela, segura de si. Poderiam ser quaisquer pessoas. Muitas mulheres já me disseram que se identificaram mais com Ele do que com Ela, por exemplo. Eu me identifico em alguns momentos com cada um dos dois. Não sou nem Ele e nem Ela.

5-     ELE, PARA TENTAR CONQUISTAR O AMOR, SEGUIA OS CONSELHOS DE UM LIVRO DE AUTO-AJUDA. VOCÊ GOSTA DO GÊNERO?

Nem de longe! rs Este é um dos pouquíssimos gêneros que não leio. Não tenho nada contra quem lê. Mas... bom, eu sou daquela teoria do “Too many books, too little time”. Tantos clássicos pra se ler! Ou seja, se o tempo é curto, eu vou nos romances. Romances te fazem viajar, pensar, sair da realidade. Auto-ajuda te coloca demais na realidade. E de realidade já tenho a rotina do dia-a-dia.

6-     NO DESENROLAR DA HISTÓRIA, ELES PASSAM POR DIVERSAS SITUAÇÕES DIVERTIDAS, ENCONTROS, DESENCONTROS, MAL ENTENDIDOS. BASEADO NESSES FATOS, VOCÊ ACREDITA EM DESTINO OU ACASO?

Acho que somos bombardeados a todo instante por uma série de “acasos”.  Cabe a nós sabermos quais deles podem resultar em algo inesquecível e compor nosso destino. Não acho que exista algo pré-determinado, do tipo “mesmo que eu não queira, tudo está escrito e então é melhor relaxar”. No livro,  Ele se descobre louco por uma mulher e faz de tudo pra mudar a má sorte que sempre acreditou que teve. Isso sim é que é atitude!

7-     O QUE OS LEITORES PODEM ESPERAR DE MAURÍCIO GOMYDE, EM 2011?

Em relação à literatura, lanço a nova edição do “O Mundo de Vidro”, no início de Fevereiro. Como já tenho pronto o segundo, que se chama “Infelizes para Nunca”, lanço-o no segundo semestre. Estou escrevendo o terceiro já, que não tem nome ainda, mas será à quatro mãos, com um amigo chamado Robson Bat. Já no que diz respeito à música, lançarei o meu trabalho com a cantora Indiana Nomma.
Aguardem!!

8-     QUAL PERSONAGEM DEU MAIS TRABALHO PARA ESCREVER?

Os dois principais (Ele e Ela) são os mais complexos mesmo. Isso porque eu precisei desvendá-los em muitas situações. Outros personagens, que aparecem ao longo do livro, são meio que no esquema “entra e sai”. Desta forma, eles são visto apenas em poucas situações, o que fica mais fácil porque não precisei me aprofundar em suas personalidades. Mas em relação a Ele ou Ela, acho que Ela foi mais difícil, até porque sou homem e a alma feminina é sempre um mistério.

9-     O QUE, EM SUA OPINIÃO, TORNA O SEU LIVRO DIFERENTE DOS ROMANCES ATUAIS. O QUE OS LEITORES PODEM ESPERAR DA LEITURA DE O MUNDO DE VIDRO?

Meu livro tem uma premissa comum, que é “Homem se apaixona por Mulher”. O que o diferencia é a forma como foi contada. Muitos dizem que parece que estamos assistindo a um filme. Ele tem muita coisa romântica e muita coisa divertida. Dá pra rir e também se emocionar. Bom, é complicado eu mesmo defini-lo, mas acho que é por aí.

10- GOSTARIA DE DEIXAR UMA MENSAGEM PARA OS LEITORES DO BLOG ENTRE FATOS & LIVROS?

Gostaria de agradecer a oportunidade dada pelo Entre Fatos & Livros  e dizer aos leitores que prestigiem sempre os blogueiros da literatura, que fazem este trabalho por simples amor à arte. Que frequentem os blogs, dêem suas opiniões, critiquem, sugiram, participem. Este é um canal maravilhoso que está aí à mão. E o Entre Fatos & Livros representa com muita dignidade e qualidade tudo isto.

Por fim, que leiam mais os autores nacionais. Muita gente boa escrevendo muita coisa legal. Escritores que não estão  na gôndola principal das livrarias, mas que são tão bons quanto os que estão.

RAPIDINHAS:

~> UMA MÚSICA: Every Breath You Take – The Police

~> UMA LEMBRANÇA: O dia em que recebi o primeiro exemplar do primeiro livro.

~> UM PROJETO: Meu segundo livro – Infelizes para Nunca – pro segundo semestre de 2011.

~> UM DOCE: Quindim.

~> UM FATO: Esta entrevista é um fato muito legal pra mim. Nada do que passou e nem do que virá. Gosto do presente.  

~> UM LIVRO: A Arte de Amar - Ovídio


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DESEJAMOS MUITO SUCESSO E RECONHECIMENTO MERECIDO PARA O MAURÍCIO!

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Especial- Entrevista com James McSill, autor de Interlúdio


Pessoas, hoje trazemos novidades maravilhosas!
O Blog Entre Fatos e Livrosjunto com os blogs Literatura de Cabeça e O Escritor Maçom, foi selecionado pela editora Parênteses para fazer uma entrevista com o autor de Interlúdio, James McSill.



INTERLÚDIO, quando uma aparente história de amor é uma velada história de terror.             

Lázaro, um alegre adolescente de 17 anos, uma vida transparente e bela. Muitos sonhos, muitos planos traçados, e nenhum mistério.

 Quando o inesperado telefonema de um norte-americano, o Comandante Betts, arremessa-o ao obscuro mundo do mormonismo, onde nada é o que parece ser, Lázaro não só consegue se encontrar no lugar errado na hora errada, como envolver-se numa paixão obsessiva com a pessoa errada. Paixão esta, que vai tingir a vida de Lázaro de incontáveis desgraças por quase trinta anos e mais

Numa história que, na superfície, parece ser um conto de amor perdido e o desejo pelo reencontro, à medida que o enredo avança, você vai se deparar com o inusitado desejo de que a trama não termine com um final feliz. Quando nada é o que parece ser, as palavras ganham significados contrários.

O texto de linguagem leve e fácil leitura, leva você a um passeio por areias movediças, em que, a cada parágrafo, mesmo olhando onde pisa, você vai se afundar na realidade surreal dos dogmas fundamentalistas de uma das seitas mais poderosas do mundo e nas suas práticas secretas.

O que dizem os leitores...
  • Este livro é de uma intensidade que não nos deixa fazer mais nada a não ser ficar lendo, lendo até chegar ao final... 
  • ... quem lê não fica indiferente.
  • Sobretudo, este livro é forte como um soco na boca do estômago.
  • Todo o livro é escrito e pensado de maneira brilhante, e não se poderia esperar menos do gênio das tramas James McSill...
  • Uma trama super bem amarrada, de um mestre que entende do riscado!
  • ...história que embora fictícia é tremendamente verdadeira, do começo ao fim...
ENTREVISTA COM JAMES MCSILL

BLOG ENTRE FATOS E LIVROS

O processo de criação e a escrita são situações peculiares e muda de autor para autor. Você já teve algum bloqueio? E de onde você buscou tamanha inspiração para escrever o seu livro?

Técnica ajuda a desbloquear. No meu caso em particular, sempre trabalhei com prazos. Depois de quase 30 anos lidando com esta indústria, bloqueio nem me vem à cabeça. Repito, se o autor entender o processo e do processo, bloqueia menos.

Qual o personagem de seu livro você gostaria de ser? Você escolheria ele por se identificar mais ou por outro motivo? 

A Vanda. Como ser humano ele se parece comigo, entendo perfeitamente porque ela age como age. Eu não gostaria de ser o Dennis, pessoalmente eu o acho um fraco, ele e o verdadeiro antagonista da trama. Mas o amigo que eu gostaria de ter é o Lécio. Embora não exatamente um que se/me meta nas mesmas desventuras da história!

Segundo os Maias, 2012 virá com o fim do mundo. Se o mundo acabasse amanhã, qual seria primeira coisa que você faria?

Nada. Ia acabar mesmo. Não adiantaria fazer nada. Se fosse PARCIALMENTE acabar, aí eu pensaria em alguma coisa.

Rapidinhas:


~> Um idioma: Esperanto
~> Um país: Comunidade Europeia
~> Um sentimento: Desapego
~> Um sabor: Framboesa
~> Uma palavra: Tu
~> Um livro: E o vento levou
~> Um fato: A explosão das Torres Gémeas por fundamentalistas

BLOG LITERATURA DE CABEÇA

 
De onde veio a ideia para escrever Interlúdio?

Por questões profissionais viajo muito, numa destas viagens eu estava em Salt Lake City – uma espécie de Vaticano do Mórmons ‐‐, achei numa mesa de um restaurante barato poema que abriu o livro. A garçonete me disse que um homem, um ex- missionário mórmon, vinha aquele restaurante de vez enquanto e escrevia poemas para um outro HOMEM do qual a família o havia separado. A garçonete acrescentou que, além daquele ex-missionário merecer sofrer “na terra” pelo pecado, merecia arder no fogo do inferno. Ela também acabou me contando que, se o tal homem quisesse se “curar” havia uma clínica ali por perto.

Bom, abri uma pagina no MySpace – foi pré facebook – pedindo que pessoas que tivessem enfrentando tal problema entrassem em contado. Eu imaginava que receberia uns dez ou vinte emails. Ledo engano! Um mês depois eu tinha mais de 10 mil páginas, documentos, tinha feito telefonemas etc. O que culminou com uma viagem a Utah e ao Sul do Brasil para pesquisar. Embora no livro não esteja explicitado a história de ninguém em particular, talvez mais de 90% da trama, infelizmente, é verdade. No site do livro anexei alguns documentos e, graças ao YouTube, declarações de vítimas do mormonismo. O livro, no entanto, não tem nada a ver com religião, mostra apenas o drama da separação, da dor sem fim que o abandono produz. Mas, quem tem lido o livro, acha que a mensagem final e muito positiva.

Você acha que ainda existe preconceito na literatura? Ou as pessoas estão prontas para ler um romance sobre duas pessoas homossexuais com o mesmo envolvimento?

Na literatura nunca houve preconceito. Ao contrário, a literatura está sempre na frente. Preconceito, certa restrição, pode existir na literatura panfletária, aquela que quer promover isto ou aquilo. O drama humano, se explorado de uma maneira séria e responsável nada tema a ver com sexo, idade, orientação, raça, crenças.

Acha que a religião tem um grande papel no preconceito, como vimos em Interlúdio?

O fundamentalismo religioso certamente tem. A religião, em si, se for entendida como uma prática individual, não necessariamente. Por exemplo, no meu ‘coração, mantenho viva a ideia da existência de anjos, mas se o meu filho não acreditar em anjos eu jamais o conduziria a uma clínica onde o forçariam a acreditar. Na Europa este é um debate sem fim. No mundo moderno somos responsáveis por “salvar a nossa alma” se for o caso, seitas extremistas como os mórmons mantém os membros dentro de regras de comportamento medievais, o que leva a famílias a rejeitarem qualquer comportamento que fuja ao que dizem os preceitos “revelados”. No Interlúdio o tema abordado foi o tabu da homoafeição num contexto das últimas três décadas, mas poderia ter sido o do racismo (até 1978 os mórmons não dariam a um negro o sacerdócio, os negros era excluídos das atividades dos templos, por exemplo), ou os direitos das mulheres (até hoje os Mórmons pregam que “no Reino Celestial” um homem poderá tomar a si mais de uma esposa, mas uma mulher não poderá tomar mais de um homem.

O ESCRITOR MAÇOM

Há alguma estruturação textual na composição de uma obra literária que se destaca no "gosto" do leitor norte- americano?

Sim. Se um texto estiver mal estruturado não tem chance nem nos EUA, nem em parte alguma. Salvo autopublicação.

Porquê existe tanta dificuldade para publicar uma obra de um autor Brasileiro no Exterior,especificamente no Mercado NorteAmericano?

Estrutura. Falta de profissionalismo no texto. Amadorismo. O mercado norteamericano é muito competitivo. Não é porque o texto e brasileiro, pode ser de qualquer outro americano que não escreva dentro de um determinado padrão. Por exemplo, textos ingleses não têm a menor dificuldade. Nem os alemães. Nem o escandinavos… Claro, para competir, a tradução tem de ser de ótima qualidade.

O futuro dos livros está nos e- reader's?

Também nos ebooks. Claro!
Percebese uma grande quantidade de títulos estrangeiros no Brasil, precisamente norteamericanos.

O Autor Americano escreve melhor?

Comercialmente, pensando no mercado mundial, sim. Cabe aos brasileiros fazerem o mesmo. Escrever bem o bastante para ganhar o mercado americano. Se o texto tiver a mesma qualidade, tenho certeza, as chances serão as mesmas. Não há preconceito de  nacionalidade. Buscase apenas UMA HISTÓRIA BEM ESCRITA.
 
 

Christian David, autor de O Rei e o Camaleão


Mais uma vez temos a oportunidade de conhecer melhor um autor nacional, que nos diverte com suas histórias fantásticas.
Quem é ele? Ora, tenho certeza que vocês já ouviram falar no autor de O rei e o camaleão, Christian David.

Natural de Porto Alegre, Christian é  formado em Ciências Biológicas e como hobby tem a leitura e a escrita. 

     O que lhe motivou a escrever?

Comecei sem grandes pretensões, somente querendo contar uma história até o fim. Quando recebi financiamento da prefeitura de Porto Alegre para publicar meu primeiro livro comecei a levar a carreira a sério.

      Você é graduado em ciências biológicas. Por que escrever,  sendo ciências e literatura assuntos tão distintos?

Adoro adquirir conhecimento e esse curso foi uma boa experiência nesse sentido, mas sempre gostei mesmo foi de lidar com histórias e artes, assim sendo a literatura foi um caminho que acabei cruzando.

  Foi fácil publicar o livro?

Por incrível que pareça esses dois primeiros livros foram até fáceis de publicar, tenho encontrado mais dificuldade para meus próximos projetos.

Qual é o gênero que você mais gosta de ler?

Gosto de tudo, mas leio muita literatura fantástica juvenil.

As duas histórias do livro têm temas distantes da realidade atual. A primeira nos remete ao passado, tendo como cenário, reinos distantes da idade Média. A segunda tem ideia futurísticas, com personagens vivendo aventuras nas galáxias. Alguma coisa inspirou a sua escrita?

Procurei escrever histórias divertidas sem grandes preocupações, o projeto que apresentei para obter o financiamento desse livro junto à prefeitura foi voltado para oferecer ao jovem uma ponte entre cinema, videogames, rpgs e quadrinhos até a literatura, no intuito de ser um atrativo ao jovem não-leitor, para que ele se aventurasse nessa outra modalidade de entreterimento.

O que os leitores podem esperar de Christian David em 2011?

Tenho um outro livro publicado chamado “Mão Dupla” que convido os leitores do blog a conhecerem. E para 2011, além de publicar contos em algumas antologias, espero publicar mais um livro solo. Esse meu projeto chama-se “O Centauro Guardião” e é um texto que já está pronto a procura de editora.

 Você pretende algum dia escrever um livro com um gênero diferente do Rei e o Camaleão, como Romance ou Terror?

Na verdade, meu segundo livro é bem diferente do Rei e o Camaleão, é um drama juvenil. Tenho contos de terror publicados em várias antologias (Drácula, Metamorfose, Moedas para o Barqueiro). Meus próximos projetos são fantasias juvenis.


Há algum autor nacional de quem seja ídolo? E internacional?

Admiro vários escritores nacionais como Caio Riter, Luis Dill, Pedro Bandeira Simone Saueressig, entre outros. Internacionais curto muito J. K. Rowling, Eoin Colfer, Orson Scot Card, Robert Heinlein, só para citar alguns.

 Gostaria de enviar alguma mensagem para os leitores do Entre Fatos & Livros?

Espero que tenham a oportunidade de ler meus livros e que continuem apoiando a literatura nacional.
RAPIDINHAS


~> Uma personagem- Artemis Fowl
~> Uma característica- Sonhar.
~> Um projeto- Muitos! Um livro por ano.
~> Um fato- O nascimento da minha filha.
~> Um livro- O Jogo do Exterminador, de Orson Scott Card.

 

LEIA A RESENHA DE O REI E O CAMALEÃO CLICANDO AQUI
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NÃO PERCA TEMPO! O MÊS JÁ ESTÁ ACABANDO E NO ÚLTIMO DIA DE JANEIRO FAREMOS UM SORTEIO.  CLIQUE AQUI   INFORME-SE E PREENCHA O FORMULÁRIO.

NÃO DEIXE DE PARTICIPAR! TENHO CERTEZA QUE O PRÊMIO FARÁ UM LEITOR MUITO FELIZ!!!



 
 
 


Allan Pitz, autor de A Morte do Cozinheiro



Mais uma entrevista mara saindo do forno, queridos leitores!

E não é qualquer entrevista, não! Dessa vez quem bateu um papo bacana conosco foi ninguém menos que Allan Pitz.


Pasmem: Ele não é apenas um talentoso escritor, ele é também uma pessoa simpatissíssima! Quem teve o prazer de conversar com o autor de A Morte do Cozinheiro sabe e pode confirmar.

O escritor carioca de 28 anos se diz metido a ser multifacetado (poeta, romancista, contista, blogueiro). Apreciador de boxe, futebol, teatro, cinema, vinho tinto, música e pescaria, também dedica um pouco de seu tempo para dirigir espetáculos teatrais, quando convidado.


- Como começou a escrever e quais foram suas obras publicadas?

Bem, na verdade eu sempre escrevi nos meus cadernos, aqueles eternos textos flutuantes que nunca chegaram ao fim. Mas escrever, querendo publicar, querendo ser escritor, aconteceu de 2006 pra cá. Primeiro foram os textos no teatro, depois eu ganhei alguns prêmios em antologias (coletâneas poéticas e de contos). Isso me deu esperanças, motivação, daí não parou mais. Começaram as publicações próprias...

 

Estação Jugular – Uma Estrada para Van Gogh (História de Ficção) Previsão de lançamento Editora Multifoco para março de 2011.

Um Peixe de Calças Jeans  (infantil pedagógico) Editora Livro Novo 2010.

A Morte do Cozinheiro  (Romance de bolso) Above Publicações 2010.

Visões Comuns de um Porco Esquartejado (Poemas) Ponto da Cultura 2010.

Duas Doses e um Bungee Jump (Poemas) WAF – Corpos, Portugal, 2010.

A Fuga das Amebas Selvagens (contos, textos teatrais, piadas, frases) Editora Livro Novo 2009


A Morte do Cozinheiro traz uma história original. Como surgiu a ideia e a inspiração para o livro?

Na verdade, bem na verdade, observando o quão ridículos foram os meus pensamentos, na minha própria dor de cotovelo. Daí eu busquei mais coisas, e fui compondo a tragédia em questão. Os noticiários, os crimes passionais, os clássicos, as inspirações pulavam de muitos lados.


- Quanto tempo você levou para terminar de escrevê-lo?

Quatro dias ao todo.


O livro é escrito em 1° pessoa e com uma intensidade de sentimentos tão forte que, como leitora, tive a impressão que para escrevê-lo você teve que realmente se colocar na pele de Luiz. Fale um pouco sobre essa experiência.


Foi estranho... Bem estranho. Eu comecei a usar a fluência de busca teatral, como que na composição (já conhecida por mim) de um personagem para os palcos. Quando já estava bem interligado com ele, e com toda a proposta em xeque, eu tentei derramar os sentidos desse cara transtornado sobre o papel, sem regras, sem barreiras, sem satisfações literárias, apenas um despejo de coisas ásperas que tentam se interligar em tudo. No final pode ser ouro e lixo, não é uma leitura comum. Depende muito de como a pessoa “acompanha o raciocínio perturbado e tragicômico do narrador”.

- A leitura é carregada de linguagem poética. Fale um pouco sobre como foi misturar romance e poesia.

Eu adoro escrever poesias. A Morte do Cozinheiro foi escrito em 2009, logo após um livro de poesias, Visões Comuns de um Porco Esquartejado. E esse livro é altamente visceral, dramático, inconstante... Foram dois livros na mesma sintonia, a poesia fluiu naturalmente dentro dessa sintonia falada e urgente da trama. Isso fez com que o narrador deixasse mais dúvidas no ar, também.

Ainda tem o Duas Doses e um Bungee Jump, que foi lançado em Portugal, mas pode ser comprado por aqui através do site da editora, e até mesmo no formato e-book. É um livro que mostra a minha descoberta poética, foi escrito originalmente em 2007, tenho carinho por ele.

- O livro tem capa e título que atraem o leitor. Você contou com ajuda para desenvolvê- los?

O nome do livro me veio durante a escrita, mas a capa é da equipe da Above Publicações. Eu tive apenas a ideia de uma mão com a faca dividindo o tomate ao meio, e na contra capa o tomate dividido, a faca solitária, simbolizando A Morte do Cozinheiro e a separação do casal. Para não matar o cozinheiro na capa, e assim mexer mais com o simbolismo

- Quando começou a desenvolver a história você sabia qual seria o desfecho do livro?

Jamais. Toda vez que eu faço isso não termino a obra. Preciso me surpreender também!

- Na história, fica implícita a ideia de que as personagens sofreram influencia dos livros que leram. Você acredita que realmente é possível que livros influenciem os leitores?

Depende... Se a pessoa estiver necessitando ser influenciada para suprir determinado impulso, sim. Mas às vezes, nós somos influenciados de uma forma mais subconsciente. Por exemplo, em Noites Brancas, de Dostoievski, a Nastenka me influenciou de uma forma muito estranha... Assim como a Capitu, em Dom Casmurro, a Dama do Lotação, de Nélson Rodrigues... A Carmem é uma influencia dessas mulheres estranhas, talvez. Ela gera tudo isso, de alguma forma, mesmo que quase não apareça diretamente na trama. Ela acaba manipulando o Luiz.

No entanto, penso que a influência dos filmes e livros, na vida de um ser humano, depende mais do ser humano em sua assimilação das informações
 

-  O que os leitores, fãs de Alan Pitz, podem esperar para 2011?

Eu acredito fortemente que 2011 será um ano decisivo para mim. Estou muito esperançoso no meu próximo lançamento, Estação Jugular – Uma Estrada para Van Gogh, pela Editora Multifoco. E também, em outros que estão sendo avaliados por lá como A Arte da Invisibilidade, e Confetes no Funeral. Mais os textos que estou trabalhando atualmente; porém, como a gaveta está cheia, esses de agora deverão ficar mesmo para 2012.

Os meus leitores podem esperar bastante trabalho! Vamos fazer bastante barulho!


- Gostaria de enviar alguma mensagem para os leitores do Entre Fatos & Livros?

Continuem lendo o Entre Fatos & Livros, essas meninas aqui são sensacionais! E quando sobrar um tempinho, corram lá no Paquidermes Culturais.


RAPIDINHAS

~> Um gênero literário-  Isso é altamente variável... Leio de tudo.

~> Um lugar-  Tenho um carinho especial por Casimiro de Abreu, no RJ.

~> Uma palavra-  Persistência.

~> Um medo-  De sempre sentir medo.

~> Um fato-  Qualquer sistema monetário é altamente cruel e fascista!

~> Um livro-  Eu sempre respondo Contos de Aprendiz, do Carlos Drummond, mas ultimamente marcaria também O Capitão saiu para o almoço e os marinheiros tomaram conta do navio, de Charles Bukowski.



CLIQUE AQUI para ler a resenha de A Morte do Cozinheiro

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Não se esqueçam que temos a coluna Autor & Você.

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Allan, muito obrigada meeeeeesmo pela paciência!
Nós, do Entre Fatos e Livros, admiramos sua simpatia e seu grande talento para escrever.

SUCESSO!
 
 

nivoo